tt: Qual foi o momento mais marcante da carreira de vocês?
Koba: Hoje é um dia marcante por a gente estar recebendo vocês. O nosso primeiro Happy Rock Sunday, em São Paulo, foi muito marcante, porque foi um evento que a gente apostou muito, a gente não sabia se ia ter público e já no primeiro conseguimos lotar o HSBC e todo mundo cantou, todo mundo curtiu, teve uma resposta muito boa já no primeiro dia.E a gente continua fazendo Happy Rock Sunday, então lembro que nesse dia a gente chorou no palco, foi muito emocionante.
tt: Qual foi o show mais marcante pra vocês?
Pe Lanza: “O Happy Rock Sunday sempre foi uma festa muito legal por ser uma coisa nossa. Mas teve um show em Itaporaí que foi o maior público da Restart. Foram 70 mil pessoas. E teve também um show que a gente fez agora em Queimados que tinha umas 40 mil pessoas e foi muito legal porque tudo deu certo, o som estava ótimo, a gente estava superentrosado, lembro que a gente saiu do palco com a maior sensação boa.”
tt: Qual a real importância das fãs na vida de vocês?
Pe Lu: “Vocês são as pessoas mais importantes das nossas vidas. É verdade, nosso sonho só se tornou realidade graças a vocês.”
Pe Lanza: “É mesmo, porque você começa a pensar em montar uma banda e pensa: “nossa, quantas pessoas será que vão se identificar com o nosso som?”. E depois de quatro anos a gente vê a maior galera nos dando apoio. E a gente vê a dedicação, os fãs de Restart são muito dedicados. É a maior conquista que a gente teve até hoje.”
Koba: “Sabe o que é legal de pensar da Restart quando se fala de fãs? É que a Restart não existiria, de jeito nenhum, se não existisse fãs. O nosso processo foi o contrário: o artista, geralmente, constrói uma carreira pra depois ganhar fãs e a gente teve fãs antes de ter a carreira da Restart. Os fãs que levaram a gente para o mercado fonográfico.”
tt: Qual a maior dificuldade que vocês enfrentaram no começo da banda?
Pe Lu: “Foi o começo. É que ninguém acredita muito na sua ideia, a gente era muito moleque e ninguém te leva a sério.”
tt: O que não pode faltar num show perfeito?
Koba: “Gente!”
Pe Lanza: “Acho que não necessariamente gente, acho que se tivesse 10 pessoas e a galera estivesse se emocionando… O show depende estritamente da galera. É a galera que faz o show!”
tt: O que vocês fariam se uma fã beijasse vocês na boca?
Pe Lanza: “Eu, particularmente, não gosto. A gente tem uma proximidade muito bacana com as fãs, mas aí já acho que é confundir algumas coisas. Acho que é a mesma coisa se ela não me conhecesse e eu trombasse com a menina na balada e desse um beijo…”
tt: Qual a maior loucura que vocês já fizeram na vida?
Pe Lanza: “A maior loucura eu vou fazer, agora em abril. Eu vou pra Argentina pra ver o show do Foo Fighters.”
Thomas: “Nós ‘vai’, meu!”
Pe Lanza: “Vai ter show aqui no Brasil também, mas a gente tem a maior vontade de assistir na Argentina porque o público da Argentina é muito mais rock ‘n’ roll. A galera curte pra caramba mesmo. A gente é muito fã do Foo Fighters e eu e o Thomas vamos tatuar o logo do Foo Fighters lá na Argentina, numa galeria.”
tt: Elas querem que vocês contem uma coisa na qual vocês são péssimos.
Koba: “Sou péssimo em desenhar.”
Pe Lu: “Eu também, não consigo desenhar nem uma casinha simples.”
Pe Lanza: “Eu sou péssimo no videogame.”
Thomas: “Eu sou péssimo jogando futebol.”
Pe Lanza: “Sou péssimo no basquete e também pra acordar. Sou péssimo com horário. Por mais que eu queira, sou um cara muito atrasado.”
tt: Vocês já deixaram de fazer alguma coisa com medo da repercussão que isso pudesse causar na mídia?
Pe Lanza: “Eu acho que não. Na real, a gente se arrepende do que a gente não faz. Por mais que a gente tenha feito e depois pense: “puxa, não devia ter feito dessa forma, devia ter pensado antes”, a gente se arrepende na real do que a gente não faz. A gente tem que viver os momentos da nossa vida intensamente, porque nunca vai voltar atrás, a gente nunca vai ter o momento de dois anos atrás, por exemplo, então vamos viver intensamente o momento.”
tt: Se você pudesse passar cinco dias na turnê da sua banda preferida, o que você gostaria de fazer?
Pe Lu: “Eu queria conhecer o ídolo e que ele fosse um cara muito legal, tipo, tocar uma música junto com eles…”
Pe Lanza: “Eu sempre fui um cara muito muito pirado em Guns ‘n’ Roses. Até hoje. E sei que se eu encontrasse com ele eu ia me decepcionar. Porque os caras são do rock ‘n’ roll mesmo, então se ele olhar pra você meio assim não é que ele tá fazendo pouco caso, o cara é assim, ele é velho também, pô, ele já viveu tanta coisa no rock que ele deve estar pouco se lixando… Mas se eu fosse escolher uma banda pra viajar, eu escolheria o Foo Fighters.”
tt: Vocês acham que a amizade de vocês teria continuado tão forte como é hoje se não tivessem a banda?
Pe Lu: “É difícil dizer, porque quando você sai do colégio , naturalmente, você se afasta de uma galera porque cada um vai fazer suas coisas, é comum. Mas, por outro lado, por exemplo, eu tenho contato com os meus melhores amigos do colégio, eles continuam sendo meus melhores amigos, a gente se vê pelo menos umas três, quatro vezes por semana… Então, vai saber, de repente se a gente não estivesse trabalhando junto um de nós ia viajar pro exterior, sei lá. É difícil dizer…”
tt: Vou aproveitar a pergunta delas pra tirar a dúvida, é que há um tempo a gente viu num site uma fofoca dizendo que vocês não estariam tão bem, que existiria uma briga de egos muito grande na banda…
Pe Lanza: “é verdade, a gente finge bem, né? (risos). Na real, isso aí acho que as pessoas começam a procurar pelo em ovo. A gente é muito amigo desde os nove anos. Então, por mais que a gente brigue e se desentenda como qualquer outra banda, pô, a gente tem muita intimidade. A gente tem mais intimidade do que bandas que estão aí há anos porque a gente se conhece desde pequeno, nossos pais se conhecem. Sei lá, acho que a gente consegue resolver nossos problemas aqui dentro. Toda banda tem seu desentendimento, mas a gente se dá superbem.”
tt: Se vocês fossem invisíveis por um dia, como aproveitariam essa invisibilidade?
Pe Lanza: “Não sei, eu sempre disse que gostaria de ter uma capa de invisibilidade igual a do Harry Potter. Eu queria ir no shopping, sei lá, umas coisas assim.”
Pe Lu: “Eu queria ir no shopping à noite, sozinho.”
Koba: “Eu queria ficar num parque de diversão, sozinho. Imagina, véio? Tipo, ir pra Disney e ficar lá, sozinho… Ou ficar no shopping, é uma coisa que eu sempre ficava pensando quando era criança, tem um episódio dos Simpsons em que o shopping fecha e o Bart fica lá, com o shopping só pra ele.”
tt: Qual é o maior medo de vocês em relação à carreira?
Pe Lanza: “Acho que a gente enfrenta medos todo dia. Preconceito principalmente, é um medo nosso, mas é um medo que a gente encara de frente. Quando a gente vai tocar em grandes festivais, vamos tocar na Paulista agora e vai ter cerca de um milhão de pessoas, com certeza tem muita gente que vai gostar e muita que não vai gostar. Mas é um medo que nos motiva. Ter medo de alguma coisa é o que motiva a gente a encarar esse medo. Se a gente nunca encarar nossos medos, a gente nunca vai vencer, né? Então, vamos pra cima dele, véio… Não tem medo nenhum que vem coma gente, não.”
tt: O que vocês seriam capazes de fazer pela banda?
Pe Lu: “Tudo. A gente já fez muita coisa pela banda. A gente já vendeu ingresso, a gente tocava nos lugares e pegava cotas de 80 ingressos… A gente vendia pra avó, pro tio, pro cachorro… e ninguém ia, tipo, minha vó não ia, era só pra ajudar. Então, nós já enfrentamos muitas dificuldades desde o começo. A gente ensaiava e levava nosso equipamento na mão, no braço, era sinistro…”
tt: Qual foi a inspiração de vocês para o CD Geração Z?
Pe Lanza: “A gente trouxe muitas influências antigas que ouvíamos e voltou a ouvir. E muitos discos novos de bandas como o Foo Fighters, o New Found Glory, o novo do Blink, que são bandas que a gente ouvia quando tinha 12 anos, sabe? A gente buscou material novo e coisas antigas que a gente ouvia pra fazer um CD bem legal, que tem músicas mais pesadas, tem baladinha, tem pop, mas que fique com a nossa essência, tem pop punk, punk rock e até country.”
tt: Qual a sensação de todo lugar que vocês vão ter uma galera acampada, esperando vocês?
Pe Lanza: “É uma satisfação, véio. É a melhor parte de tudo, o reconhecimento que essa galera tem do nosso trabalho. Quando a gente tinha 12 anos a gente montou a banda e nunca imaginava que a coisa ia dar certo tão rápido como foi. E ver um monte de adolescente, uma galera que às vezes até quer fazer arte, quer fazer música, se inspira… Isso é muito satisfatório, ver que um sonho seu pode inspirar muitas pessoas.”
Fonte: Toda Teen
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